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Capítulo 1 - O que é inovação?

1 | O que é inovação?

A inovação acompanha a humanidade desde sempre na busca pela sobrevivência e melhores condições de vida. A escrita, o fogo, a pólvora, o motor a vapor e a lâmpada, por exemplo, são descobertas e artefatos que foram incorporados pelo ser humano e mudaram a nossa forma de viver.

Inicialmente, a inovação era movida pelo chamado “gênio inventor” – indivíduo que mergulhava em suas ideias, nos laboratórios domésticos, geralmente de forma independente, e, a partir de experimentos, criava artefatos que depois seriam absorvidos pela sociedade. Por exemplo, Thomas Edison, Leonardo Da Vinci, Melitta Bentz e Santos Dumont. Em seguida, com o crescimento das grandes empresas, surgiram os centros de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), com alto investimento e equipes de especialistas. É o caso da Xerox, 3M, Bell Labs, entre outras. Em contraponto aos grandes centros de P&D, observa-se uma terceira era, a dos inovadores de garagem e das startups – ideias e soluções ligadas principalmente à tecnologia digital, encabeçada por nomes como Intel, Apple, Google, Facebook, Linkedin e WhatsApp.

Hoje, vivemos a chamada "era da inovação aberta", da cocriação. Não é que não existam mais gênios inventores ou grandes centros de P&D, mas entendemos que juntos podemos mais. Nesse sentido, a inovação também passa a ser mais estudada e incentivada para além das empresas e centros de pesquisa. Falamos cada vez mais em inovação social, inovação em serviços públicos, inovação nas cidades, inovação política e, claro, inovação na educação.

Mas, e aí... o que se entende por inovação, afinal? Navegue pelos slides que seguem para conhecer alguns conceitos de inovação.

Observe que os conceitos tratam de dois pontos chave da inovação: a novidade e a aplicação/aceitação dessa novidade. 

A invenção mais conhecida do Thomas Edison é a lâmpada incandescente. Mas quando criou a lâmpada, Edison sabia que ela não seria útil sem um sistema de geração e transmissão de energia elétrica. Então, criou esse sistema também. É aí que reside a inovação: não no artefato em si, mas na visão de como esse artefato poderia ser incorporado pela sociedade. 

A partir desse exemplo, é importante diferenciarmos descoberta, invenção e inovação. Veja:

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Descoberta é a revelação de coisas ou fenômenos. Quando alguém percebe esse fenômeno pela primeira vez, caracteriza-se uma descoberta.

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Invenção é algo inédito produzido pelo ser humano, independentemente da sua utilidade, que geralmente pode ser replicado e/ou patenteado.

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Inovação é quando alguma ideia passa a ser incorporada por outras pessoas e é vista como novidade por elas.

Nem toda descoberta leva a uma invenção e nem toda invenção leva a uma inovação. Por outro lado, inovações podem nos levar a novas descobertas e facilitar que novos inventos surjam. A criação do WhatsApp, por exemplo, foi possível em função de ter partido de uma série de inovações anteriores. A descoberta de um novo planeta, de uma nova substância, de um novo vírus são todas impulsionadas pelas inovações anteriores. 

Nesse sentido, precisamos considerar que “a inovação existe em determinado lugar, tempo e circunstância, como produto de uma ação humana sobre o ambiente ou meio social” (CUNHA, 2008, p.  24). Isto é, a inovação tem um tempo: soluções que já foram inovação no passado, hoje já não são mais novidade. Da mesma forma, a inovação tem um contexto: ideias que podem não ter aplicação ou não serem novidade para uma determinada realidade, podem ser altamente inovadoras para outras. É o caso das lâmpadas de garrafa PET do brasileiro Alfredo Moser, que já iluminam casas no mundo inteiro (ZOBEL, 2013).

No próximo tópico, você verá alguns tipos de inovação e entenderá melhor como desenvolver um comportamento criativo em busca da inovação. Siga em frente!