Finalizamos o tópico anterior, indicando uma solução apresentada por Einstein, para justificar o fato de que em todos os experimentos feitos, a luz sempre era percebida viajando com a mesma velocidade, independentemente do referencial onde essa medida era feita. 

Pois bem, neste fórum, discutiremos a respeito de mais um problema relacionado com a velocidade da luz que a física clássica não consegue explicar .

Durante muito tempo a mecânica clássica teve muito sucesso na previsão do comportamento da natureza: As órbitas dos planetas foram entendidas, conseguimos fazer previsões de eclipses com exatidão e com muito tempo de antecedência, construímos edifícios e eles se mantém em pé, enfim, a mecânica clássica tem uma importância muito grande para entendermos o universo em que vivemos.

Porém, em alguns aspectos podemos perceber algumas falhas nesta teoria, como na previsão de velocidades. A Física clássica não impõe nenhum limite para as velocidades dos objetos. Caso tivéssemos energia suficiente, seríamos capazes de movimentar um corpo com uma velocidade muitíssimas vezes maior do que a velocidade da luz. Mas aqui observamos um problema:

O que será que acontece caso conseguíssemos fazer com que um corpo viajasse com velocidades maiores do que a velocidade da luz? Observe a situação descrita abaixo:

Em um treino,  o jogador A rebate a bola arremessada por B, enquanto um observador C está assistindo. Nesta situação hipotética, o rebatedor consegue lançar a bola com uma velocidade superluminal, ou seja, mais rápida que a luz. Observe:

O sinal de luz carrega a informação de que a bola foi rebatida, caso contrário, não conseguiríamos enxergar que a bola foi rebatida. Perceba que a bola está na frente do sinal de luz pois ela está com uma velocidade superluminal. Observe a continuidade dos fatos:

Um segundo sinal de luz é emitido quando o jogador B captura a bola. Perceba que B pegou a  bola antes mesmo do sinal de luz chegar até ele. Isso já não é estranho? Mas vamos avançar.

Pergunta: O que o observador C enxergará primeiro? O sinal proveniente da rebatida ou o sinal proveniente da captura da bola? Por que isto é esquisito? Discuta com seus colegas quais as interpretações desta situação e quais as consequências para a física caso conseguíssemos viajar com velocidades maiores do que a da luz.