Vimos no último tópico que o TEMPO, considerado como um dos conceitos mais "sólidos" da física, não pode mais ser considerado como algo absoluto. Assim como os conceitos de "para cima" e "para baixo" deixaram de ser absolutos depois que se percebeu que o planeta Terra é um globo. Muitos conceitos utilizados no cotidiano são relativos e só fazem sentido quando especificamos suas condições de observação.

Assim como o tempo, os postulados da relatividade restrita afetam a percepção de distâncias e comprimentos para observadores posicionados em referenciais inerciais diferentes.

Acompanhe a situação abaixo:

Nosso vagão de trem está viajando com uma velocidade igual a 50% da velocidade da luz (0,5c). O passageiro, avista uma placa na lateral do trilho indicando que a estação ferroviária encontra-se a uma distância de 4.000.000.000,0 metros de distância daquele ponto. Ou seja: 

Vamos chamar de "L" a distância da placa até a estação. A medida desta distância foi feita por observadores posicionados em S. Estes observadores dispõem de todo o tempo do mundo para realizar esta medida, pois nem a placa, nem a estação sairão do lugar.

Com estas informações, será que conseguimos encontrar o tempo que o trem leva para sair da placa e chegar na estação medido pelos observadores posicionados em S?