Imprimir o livro todoImprimir o livro todo

LIVRO 3 - CAMPOS CONCEITUAIS E REPRESENTAÇÕES SEMIÓTICAS

Site: Moodle - IFSC
Curso: 20.1 - Metodologia do Ensino da Matemática
Livro: LIVRO 3 - CAMPOS CONCEITUAIS E REPRESENTAÇÕES SEMIÓTICAS
Impresso por: Usuário visitante
Data: quinta, 19 Set 2024, 18:52

1. Introdução

Este tópico tem por objetivo os estudos da teoria dos campos conceituais de Gérard Vergnaud que é uma teoria da psicologia educacional que coloca  conceitualização como principal elemento na construção do conhecimento.

Veremos também a teoria das representações semióticas de Raymond Duval, que evidencia a utilização e a importância das diversas representações do ensino de matemática.

2. Campos conceituais

CONCEITO

A teoria dos campos conceituais foi desenvolvida por Gérard Vergnaud. Para ele, "campo conceitual compõe um conjunto informal e heterogêneo de problemas, situações, conceitos, relações, estruturas, conteúdos e mecanismos de pensar, que se conectam e se comunicam durante o processo de aquisição de conceitos de maneira geral" (Silva, 2019).

Os estudos de Vergnaud sobre conceitos matemáticos, evidencia duas estuturas principais, as estruturas aditivas e as multiplicativas. Através dessas estruturas que os alunos conseguem compreender outros conceitos matemáticos, como funções lineares e não lineares, matrizes, dentre outras.

 

Leitura obrigatória

Para enunciar a teoria dos campos conceituais vamos realizar a leitura do artigo "A teoria dos campos conceituais de Vergnaud, o ensino de ciências e a pesquisa nesta área".

  A teoria dos campos conceituais de Vergnaud, o ensino de ciências e a pesquisa nesta área

 

3. Representações semióticas

CONCEITO

O termo Representação Semiótica indica os diferentes tipos de representação de um mesmo objeto de aprendizagem. 

Por exemplo:

- escrita em língua natural

- escrita algébrica

- tabelas

- gráficos cartesianos

- figuras.

Um registro pode ser considerado semiótico quando permitir formação de uma representação, tratamento e conversão.

CARACTERÍSTICAS

Esta teoria trouxe muitas contribuições para pesquisas na área da Educação Matemática. Pelo simples fato de que as teorias matemáticas utilizam muitos conceitos abstratos, e para o aluno se apropriar desses objetos abstratos, precisa recorrer à algum tipo de representação.

De acordo com Duval (2003), o sujeito só apreende um determinado conceito matemático quando consegue mobilizar simultânea ao menos dois registros de representação, ou seja, trocar espontaneamente de um registro de representação para outro.

EXEMPLO

A respeito do estudo de funções, conhecemos várias formas de representação para uma mesma função, como podemos ver abaixo.

Vamos pensar na função que relaciona cada número natural com o seu dobro.

Como podemos representá-la?

1. Pela lei de formação:

y = 2x, com x pertencente aos Naturais

2. Pela tabela de valores que relacionam as duas quantidades:

x y
1 2
2 4
3 6
4 8

3. Através de diagramas de Venn-Euler:

4. Através do gráfico no plano cartesiano:

 

Leitura obrigatória

Para compreender melhor sobre as Representações Semióticas, vamos realizar a leitura do artigo: "Representação semiótica".

  Representação semiótica
 

Leitura complementar

Para aqueles que querem aprofundar os conhecimentos a cerca das Representações Semióticas segue um artigo bem interessante escrito pela professora Marleide do IFSC de Criciúma.

  AS REPRESENTAÇÕES SEMIÓTICAS NO ESTUDO DAS EQUAÇÕES DO 2º GRAU

 

 

4. Referências Bibliográficas

CARDOSO, A. D. ; CATANEO, V. I. ; CARDOSO, M. C. . AS REPRESENTAÇÕES SEMIÓTICAS NO ESTUDO DAS EQUAÇÕES DO 2º GRAU: UMA ALTERNATIVA METODOLÓGICA. In: VIII Simpósio sobre Formação de Professores ? SIMFOP, 2015, Tubarão. Anais do VIII Simpósio sobre Formação de Professores ? SIMFOP, 2015.

DUVAL, R. Registros de Representações Semióticas e funcionamento cognitivo da compreensão em Matemática. In: MACHADO, S. D. A. (Org). Aprendizagem em matemática: registros de representação semiótica. 4ª ed. Campinas, SP. Papirus, p.11-33, 2003,

MOREIRA, M. A.. A teoria dos campos conceituais de Vergnaud, o ensino de ciências e a pesquisa nesta área. Investigações em Ensino de Ciências (UFRGS), Porto Alegre, v. 7, n.1, 2002.

QUEIROZ, C.A., RAMOS, E.E.L., SIPLE, I.Z. Tópicos Especiais em Ciências I: representação semiótica, tecnologias educacionais e atividades experimentais. Florianópolis : Publicações do IF-SC, 2011. 105 p. : il. ; 27,9 cm. Disponível em: <https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/206267/2/TOPICOS%20ESPECIAIS%20EM%20CIENCIAS%20I%20-%20WEB.pdf>