Material Didático: Explorando o processo de pensar e de desenvolver soluções
1 Reconhecendo Cenários para a Proposição de Ideias
1.3 Estruturando e selecionando as ideias
Agora que vocês redefiniram o problema e já criaram uma quantidade considerável de ideias, a partir da experiência que tiveram em equipe, vamos começar a organizá-las?
A organização começa com a classificação e o agrupamento das ideias por semelhança, assim, vocês começam a identificar padrões e a serem capazes de sintetizar e qualificar o processo.
Para organizá-las, faremos o seguinte:
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Vamos agrupar as ideias parecidas ou iguais. Podemos, por exemplo, formar pilhas com os papéis de anotação (post-its). Esse exercício vai permitir enxergar quantas ideias vocês produziram ao total, como equipe.
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Vamos validar as ideias selecionadas. Neste momento, precisamos entrar em contato com o público alvo da nossa atividade, aquele selecionado na coleta de dados do Desafio 2, e validar se a(s) ideia(s) está(ão) de acordo com as suas necessidades. Esse processo é mais positivo quanto maior for a nossa sensibilidade para a percepção do nosso entorno. Alguns de vocês, especialmente aqueles que já tiveram uma experiência de viver a Extensão, numa imersão verdadeira em suas comunidades, sabem o quanto as ideias geradas precisam ser bem-recebidas durante o processo de intervenção (do qual falaremos mais adiante). O olhar extensionista é o que aproxima as comunidades interna (servidores e discentes) e externa (setores da sociedade em geral).
Após organizarem as ideias e validá-las, vocês irão escolher uma ou mais de uma para ser(em) aprimorada(s) e se transformar(em) em uma solução para a demanda que vocês haviam identificado. Aqui, independentemente de como vocês escolheram exercitar o processo de ideação, é importante que seja uma atividade de integração e de decisão da equipe. Todos devem contribuir para apontar a(s) ideia(s) que possa(m) ser desenvolvida(s).
E como iremos saber quais as ideias que podem ser melhor desenvolvidas?
Alguns elementos são importantes e devem ser considerados:
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O mapa mental, por exemplo, ajuda vocês a avaliarem o grau de relação (direta, indireta e próxima; indireta e distante; indireta e muito distante) que a ideia apontada tem com o problema. Com isso, conseguimos estimar a capacidade de solvência do problema identificado.
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Outro aspecto que vocês podem avaliar é se a ideia é executável. Tem ideias muito legais, mas, pode acontecer que, para serem colocadas em prática, elas precisem de recursos (temporais, financeiros, humanos, instrumentais, técnicos, tecnológicos, políticos) que não estão ao nosso alcance. Dessa forma, a ideia pode até ser registrada, como, por exemplo, “se tivéssemos a possibilidade de…”, “se dispuséssemos do recurso tal…”, “se pudéssemos ampliar o prazo para…”. Assim, para desenvolver, vocês terão que escolher outra(s) que seja(m) compatível(is) com as possibilidades que vocês têm. Essa decisão é fundamental!
É um exercício de autoconhecimento (de conhecimento de suas próprias capacidades), selecionar a(s) ideia(s) que pode(m), de fato, ser(em) executada(s) e resolver o problema identificado.
Depois de realizada essa seleção, vamos trabalhar na estruturação desta ideia com maior potencial observado por vocês, para que ela possa ser desenvolvida. Aqui, é o momento que vocês precisam parar para refletir se possuem todos os elementos que precisam para conseguir explicar a ideia de vocês de forma clara e concisa.
Figura 2: esquema representativo do processo de transformação de uma lagarta em borboleta, alinhando com a ideia de que há elementos associados ao início do processo, elementos que demarcarão a parte central do processo e elementos que são esperados de serem encontrados ao final do processo. Fonte: elaboração própria.