Objetivos:

• Analisar a estrutura de uma rede de acesso sem-fio, de forma a identificar seus equipamentos e como eles se relacionam para estabelecer os enlaces de acesso
• Avaliar a estabilidade da latência e vazão na rede de acesso sem-fio, por meio de medições feitas com softwares apropriados

Introdução

Uma indústria do setor de Telecomunicações fabrica equipamentos para redes de acesso sem-fio. A fim de realizar avaliações de desempenho de seus equipamentos, ela implantou uma rede de teste em um município próximo. Essa rede cobre tanto uma área urbana quanto outra rural, e se compõe de 9 CPEs  instalados em localidades distantes alguns quilômetros da estação base. A disposição desses equipamentos na região de cobertura pode ser vista na imagem a seguir:

Mapa mostrando os equipamentos da rede de acesso sem-fio. A base está parte inferior da figura.

Em cada localidade do lado dos clientes foram instalados até quatro CPEs. Isso facilita a realização de testes, e aumenta a quantidade de equipamentos acessando a rede sem-fio. Para ilustrar, a figura a seguir mostra os CPEs em um desses locais.

Instalação dos CPEs em um dos locais: os equipamentos foram montados em um poste e alinhados em direção à estação base

A rede desse ambiente de teste, apelidado de testbed, possui uma topologia PTMP, com a estação base fornecendo acesso para os CPEs. A estação base, por sua vez, está conectada a um roteador pela rede cabeada, e esse possui um enlace com a rede da empresa. Os CPEs possuem links do tipo PPPoE com o roteador, pois essa é uma forma corriqueira de os provedores de acesso conectarem seus clientes. Esses links PPPoE funcionam como links ponto-a-ponto virtuais, e assim parece a cada CPE que ele possui um link direto com o roteador. Isso significa também que a estação base opera em modo bridge, interligando a rede local cabeada e a rede sem-fio.

Procedimentos

1. Vamos acessar essa rede sem-fio, e com isso poderemos investigar os modelos dos equipamentos, visualizar suas interfaces de gerenciamento, e identificar suas configurações. Isso será feito pelo professor, que junto com turma buscará essas informações.
2. Na estação base podem-se ver os CPEs (clientes) conectados. Vamos observar que informações a base mostra sobre cada cliente, para posteriormente relacioná-las com testes de comunicação com esses equipamentos.
3. O desempenho da rede pode ser investigado com medições de latência e vazão (throughput). A latência é a medição mais simples, e pode ser feita a partir do roteador usando o utilitário ping.
   1. Vamos observar os valores típicos de latẽncia obtidos, e sua variabilidade.
   2. Vamos também comparar esses valores com os de uma rede local sem-fio usual (ex: suas redes residenciais)
4. A medição de vazão pode ser feita entre um computador na rede da empresa e os CPEs. Os resultados podem não ser muito precisos, pois esse teste consome processamento dos CPEs, porém fornecem uma estimativa razoável de desempenho. Essa medição será feita com o programa iperf.